terça-feira, 26 de maio de 2009
terça-feira, 28 de abril de 2009
Facebook: Uma nova possibilidade de vida online
No Brasil, a maioria dos internautas adotou o Orkut como suas “casas”. A mais famosa rede social do Brasil sofre grande concorrência em outros países, principalmente nos Estados Unidos. Para os americanos, o MySpace é o preferido para os relacionamentos via internet. Recentemente lançado nos Estados Unidos, o Facebook entrou na onda dos sites de relacionamento. Lançado em fevereiro de 2004 por alunos de Harvard, o projeto que antes era limitado apenas aos universitários estendeu-se para todos que tem acesso à rede.
A facilidade do serviço para compartilhar mensagens, vídeos, leituras e o diversas outras funções possíveis de se adicionar à pagina pessoal fez com que o Facebook conquistasse o sucesso nos EUA. O portal é o maior banco de fotografias americano, superando inclusive sites específicos de fotografias, como o Flickr.
O Facebook é apontado por alguns como uma nova possibilidade de vida online e não apenas mais uma rede de relacionamento. Um dos pontos fortes apontados é a privacidade proporcionada por ele. Enquanto no Orkut a “privacidade” do conteúdo é opicional e muitas pessoas sequer sabem que há essa possibilidade, no Facebook apenas seus amigos podem ver todo o conteúdo da sua pagina pessoal. Os códigos de programação são abertos no Facebook, o que possibilita que vários programadores criem aplicativos para o site. Assim, dezenas de aplicativos são criados diariamente e os usuários podem escolher quais usar em seu perfil. O número ilimitados de fotos é outro recurso que enche os olhos dos usuários de redes de relacionamento, além da criação de álbuns e slideshows.
Diferente dos seus similares, dificilmente no Facebook você irá receber mensagens de pessoas desconhecidas e propagandas indesejadas. Conscientes do seu projeto inicial, seus criadores possibilitam que além de uma rede de relacionamentos, o portal permite ser usado como rede de negócios. Propagandas direcionadas de acordo com perfis garantem que a publicidade seja direcionada, agradando também os anunciantes que optam por anunciar no site.
Embora o Facebook apresente um crescimento bastante considerável no mundo, em terras tupiniquins ele ainda engatinha. A maioria dos brasileiros que utilizam o portal tomou conhecimento do site em viagens internacionais. Porém, o crescimento do site está concentrado justamento em terras "orkutinas" (America Latina) onde a rede social americana apresentou crescimento de mais de 1.000% no número de usuários da região.
A facilidade do serviço para compartilhar mensagens, vídeos, leituras e o diversas outras funções possíveis de se adicionar à pagina pessoal fez com que o Facebook conquistasse o sucesso nos EUA. O portal é o maior banco de fotografias americano, superando inclusive sites específicos de fotografias, como o Flickr.
O Facebook é apontado por alguns como uma nova possibilidade de vida online e não apenas mais uma rede de relacionamento. Um dos pontos fortes apontados é a privacidade proporcionada por ele. Enquanto no Orkut a “privacidade” do conteúdo é opicional e muitas pessoas sequer sabem que há essa possibilidade, no Facebook apenas seus amigos podem ver todo o conteúdo da sua pagina pessoal. Os códigos de programação são abertos no Facebook, o que possibilita que vários programadores criem aplicativos para o site. Assim, dezenas de aplicativos são criados diariamente e os usuários podem escolher quais usar em seu perfil. O número ilimitados de fotos é outro recurso que enche os olhos dos usuários de redes de relacionamento, além da criação de álbuns e slideshows.
Diferente dos seus similares, dificilmente no Facebook você irá receber mensagens de pessoas desconhecidas e propagandas indesejadas. Conscientes do seu projeto inicial, seus criadores possibilitam que além de uma rede de relacionamentos, o portal permite ser usado como rede de negócios. Propagandas direcionadas de acordo com perfis garantem que a publicidade seja direcionada, agradando também os anunciantes que optam por anunciar no site.
Embora o Facebook apresente um crescimento bastante considerável no mundo, em terras tupiniquins ele ainda engatinha. A maioria dos brasileiros que utilizam o portal tomou conhecimento do site em viagens internacionais. Porém, o crescimento do site está concentrado justamento em terras "orkutinas" (America Latina) onde a rede social americana apresentou crescimento de mais de 1.000% no número de usuários da região.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Infidelidade?
A jornalista e professora Pollyana Ferrari afirma que os leitores do webjornalismo não são fiéis aos portais. Em entrevista a nosso site, ela lamenta que, enquanto o mundo vive uma expansão das redes sociais, no Brasil os portais de noticias ainda são muito dependentes das noticias vinculadas pela agencia Reuters, ou seja, o famoso copia e cola. Todos os portais divulgam as mesmas notícias.
O Brasil ainda está engatinhando quando falamos de webjornalismo. A única experiência de conteúdo hipermidiático que temos é o G1, mas ainda muito modesto se comparado às experiências de outros países que já estão na linha de frente do ciberjornalismo.
O Brasil ainda está engatinhando quando falamos de webjornalismo. A única experiência de conteúdo hipermidiático que temos é o G1, mas ainda muito modesto se comparado às experiências de outros países que já estão na linha de frente do ciberjornalismo.
A imprensa brasileira ainda possui profissionais em suas redações online profissionais que podemos chamar de reprodutores de conteúdo, uma vez que os jornalistas que nela trabalham não fazem o papel que atribuímos aos profissionais da área. Eles não apuram, não fazem as reportagens em loco, simplesmente entram de site em site “vigiando” seus concorrentes para que as notícias por eles publicadas, não deixem de ser publicadas também em seus portais.
A jornalista também fala sobre as mudanças no perfil dos profissionais que vem a cada daí sendo mais exigidos por habilidades que há pouco tempo eram impensáveis para uma única pessoa. Porém, ela garante que os conhecimentos diversificados são só ganhos para os jornalistas. Ferrari ressalta que os blogs também são experiências fundamentais para todo jornalista, tanto para o treino da linguagem como para a reciclagem dia-a-dia em que a navegação constante proporciona. “Acho uma experiência fundamental. Não só para treinar a linguagem, mas para criar o hábito diário de se reciclar, navegar. Pois o primeiro passo para entender a blogosfera é navegar muito. Blogueiro realmente incorpora o bordão 24×7. Sete dias por semana, 24 horas ligado.”
A lista de programas desejáveis para se tornar um bom webjornalista é extensa. Conhecimentos em Tags, RSS, XML, PHP, Linux, flash, entre outros são essenciais principalmente para os jornalistas que acabaram de sair da faculdade. Este profissional deve ter a capacidade de escrever, inserir links, fotos e editar a matéria no notebook dentro do carro voltando das entrevistas.
Leia também:
Jornalista Multimidia:Evoluir é preciso.
sábado, 29 de novembro de 2008
Nova era Digital
Quando falamos de tecnologia é comum nos limitarmos ao crescimento da internet e os equipamentos eletrônicos para diversão, mas esse mundo tecnológico não é dimensionável já que se pode aplicar tecnologia em medicina e saúde, esportes, combate ao crime e os próprios criminosos se beneficiam dela como vimos recentemente em São Paulo onde os ataques à cidade foram planejados de dentro dos presídios com o uso de celulares.
A internet é o mais comum e acessível desses campos tecnológicos. Agregada a ela veio a melhoria e maior acessibilidade aos computadores domésticos, a fotografia digital, aparelhos de DVD, mp3 player como os Ipods, computadores de mão como palms entre outros serviços e hardware. Já se tornou cultural esperarmos cada vez mais ansiosos por um novo produto com capacidades mais avançadas que seu modelo anterior.
Tida como nova tecnologia, a internet e os produtos ligados a ela produzem conteúdo que por muitas das vezes ou é totalmente descartável, infringe leis ou vai de encontro a moral e os bons costumes da sociedade tradicional. Podemos usar como exemplo o Camboja, um país asiático próximo ao Vietanam, Laos e a Tailândia. O governo desse país proibiu a chegada dos celulares de terceira geração após o primeiro ministro e seus familiares temerem receber conteúdo pornográfico em seus aparelhos. A terceira geração de celulares permite acesso a conteúdo multimídia através de banda larga. Esse caso é apenas um pequeno exemplo dos inconvenientes que as novas tecnologias trazem junto com seus benefícios e entretenimento.
Outro aparelho que está ganhando cada vez novas funções com a evolução cada vez mais rápida da tecnologia são os celulares. Praticamente a cada mês temos um novo modelo com funções cada vez mais sofisticadas que permitem aos usuários usá-los como telefone, pen-drive, câmera fotográfica, filmadora, etc. Com isso, as empresas de comunicação se aproveitam e tentam estimular as pessoas a fotografarem e filmarem tudo! Há jornais, por exemplo, que compram fotografias tiradas de celular, apostando naquelas pessoas que sempre estão no lugar certo, na hora certa e, o mais importante, com um telefone celular nas mãos, prontos para registrarem tudo. Ainda que todo esse mundo tecnológico pareça ser um cenário distante para as camadas mais pobres da sociedade, podemos constatar cada vez mais as novas tecnologias atingem as pessoas que até então eram excluídos do mundo digital.
A internet é o mais comum e acessível desses campos tecnológicos. Agregada a ela veio a melhoria e maior acessibilidade aos computadores domésticos, a fotografia digital, aparelhos de DVD, mp3 player como os Ipods, computadores de mão como palms entre outros serviços e hardware. Já se tornou cultural esperarmos cada vez mais ansiosos por um novo produto com capacidades mais avançadas que seu modelo anterior.
Tida como nova tecnologia, a internet e os produtos ligados a ela produzem conteúdo que por muitas das vezes ou é totalmente descartável, infringe leis ou vai de encontro a moral e os bons costumes da sociedade tradicional. Podemos usar como exemplo o Camboja, um país asiático próximo ao Vietanam, Laos e a Tailândia. O governo desse país proibiu a chegada dos celulares de terceira geração após o primeiro ministro e seus familiares temerem receber conteúdo pornográfico em seus aparelhos. A terceira geração de celulares permite acesso a conteúdo multimídia através de banda larga. Esse caso é apenas um pequeno exemplo dos inconvenientes que as novas tecnologias trazem junto com seus benefícios e entretenimento.
Outro aparelho que está ganhando cada vez novas funções com a evolução cada vez mais rápida da tecnologia são os celulares. Praticamente a cada mês temos um novo modelo com funções cada vez mais sofisticadas que permitem aos usuários usá-los como telefone, pen-drive, câmera fotográfica, filmadora, etc. Com isso, as empresas de comunicação se aproveitam e tentam estimular as pessoas a fotografarem e filmarem tudo! Há jornais, por exemplo, que compram fotografias tiradas de celular, apostando naquelas pessoas que sempre estão no lugar certo, na hora certa e, o mais importante, com um telefone celular nas mãos, prontos para registrarem tudo. Ainda que todo esse mundo tecnológico pareça ser um cenário distante para as camadas mais pobres da sociedade, podemos constatar cada vez mais as novas tecnologias atingem as pessoas que até então eram excluídos do mundo digital.
domingo, 23 de novembro de 2008
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Quem leva?
O segundo turno das eleições municipais de Belo Horizonte está chegando na reta final com os dois candidatos trocando farpas. Durante o debate promovido pela Folha de São Paulo, no auditório Dom Silvério, o candidato Leonardo Quintão (PMDB) fez duras críticas ao seu adversário Márcio Lacerda (PSB). Quintão não perdeu a oportunidade de mais uma vez tentar desmoralizar o candidato da coligação, que por sua vez também direcionou críticas ao adversário. Márcio falou sobre o que ele chamou de nepotismo cometido por Quintão em seu mandato como vereador, quando ele empregou dois irmãos na Câmara. Quintão se defendeu dizendo que na época não existia nepotismo e rebateu as críticas dizendo que o atual prefeito Fernando Pimentel (PT) tinha sua esposa como diretora do Museu Abílio Barreto e só saiu quando foi exonerada.
Após um primeiro turno em que o candidato da Coligação aparecia bem a frente dos demais e o cenário apresentado pelas pesquisas apontava uma vitória sem a necessidade de segundo turno, Lacerda agora vive uma situação diferente. Na última pesquisa divulgada ele aparece 33% das intenções de voto, 18 pontos atrás de Leonardo Quintão que possui 51% da intenção do eleitorado da capital. Tal situação fez com que Lacerda alterasse toda sua equipe que coordena sua campanha para o segundo turno e adotasse um tom mais agressivo na tentativa de abalar o adversário e diminuir a diferença nas pesquisas.
A corrida no segundo turno dos candidatos também deu trabalho ao TRE. A exemplo do primeiro turno em que tivemos varias ações na justiça, Quintão tentou através de uma intervenção da justiça impedir que Lacerda utilizasse cenas de uma conveção do partido em Ipatinga, em que ele dizia que iria “chutar a bunda dos adversários”. Porém, poucas horas depois da Comissão de Fiscalização da Propaganda Eleitoral (CFPE) proibir a veiculação das imagens, a juíza Mariza Porto, do TRE concedeu efeito suspensivo e permitiu que Lacerda utilzasse as cenas. Por outro lado, Leonardo Quintão também adotou nova estratégia. A coordenação da campanha do candidado do PMDB preferiu mudar o slogan até então utilizado para um outro que, indiretamente e de forma sutil, retrucasse as investidas do adversário. Até então o slogan utilizado por ele era: “Dá para fazer.” Agora o slogan adotado por Quintão é: “Atacar, copiar, confundir, bater, ameaçar, enganar e mentir. Não dá para fazer.”
Após um primeiro turno em que o candidato da Coligação aparecia bem a frente dos demais e o cenário apresentado pelas pesquisas apontava uma vitória sem a necessidade de segundo turno, Lacerda agora vive uma situação diferente. Na última pesquisa divulgada ele aparece 33% das intenções de voto, 18 pontos atrás de Leonardo Quintão que possui 51% da intenção do eleitorado da capital. Tal situação fez com que Lacerda alterasse toda sua equipe que coordena sua campanha para o segundo turno e adotasse um tom mais agressivo na tentativa de abalar o adversário e diminuir a diferença nas pesquisas.
A corrida no segundo turno dos candidatos também deu trabalho ao TRE. A exemplo do primeiro turno em que tivemos varias ações na justiça, Quintão tentou através de uma intervenção da justiça impedir que Lacerda utilizasse cenas de uma conveção do partido em Ipatinga, em que ele dizia que iria “chutar a bunda dos adversários”. Porém, poucas horas depois da Comissão de Fiscalização da Propaganda Eleitoral (CFPE) proibir a veiculação das imagens, a juíza Mariza Porto, do TRE concedeu efeito suspensivo e permitiu que Lacerda utilzasse as cenas. Por outro lado, Leonardo Quintão também adotou nova estratégia. A coordenação da campanha do candidado do PMDB preferiu mudar o slogan até então utilizado para um outro que, indiretamente e de forma sutil, retrucasse as investidas do adversário. Até então o slogan utilizado por ele era: “Dá para fazer.” Agora o slogan adotado por Quintão é: “Atacar, copiar, confundir, bater, ameaçar, enganar e mentir. Não dá para fazer.”
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Pesquisa revela que mais de 70% da população é a favor do diploma para jornalistas
Em outubro de 2001, uma decisão judicial reacendeu o debate sobre a necessidade do Diploma para o exercício da profissão de jornalismo. Na ocasião a juíza substituta da 16º Vara Cível da Justiça Federal de São Paulo, Carla Abrasntkiski Rister, processo de iniciativa do Ministério Publico Federal, concedeu uma liminar extinguindo a obrigatoriedade da formação superior em Jornalismo para o exercício da profissão de jornalista. A decisão colocou em questão as implicações sobre o ponto de vista da ética, técnica e tecnológica de acordo com o parecer da juíza com conseqüência tanto para a profissão quanto para a categoria e a sociedade.
Muitas faculdades que disponibilizam o curso de Jornalismo e as entidades ligadas à profissão promovem debates para discutir o assunto. A discussão se baseia em combater os argumentos usados pelos que são contra a exigência do Diploma.
No texto da juíza as idéias são fundamentadas de acordo com a Constituição de 1988 que instituiu a liberdade de manifestação de pensamento, a liberdade de expressão intelectual, artística e científica, independente de censura prévia. Segundo ela, quando a exigência do diploma de curso superior para o jornalista foi decretada, o Brasil estava em plena Ditadura Militar em que os meios de comunicação eram completamente controlados pela censura. Ainda de acordo com a juíza, como a profissão de jornalista não provoca nenhum risco de vida de pessoas e que a profissão não requer qualificações especificas como ocorre em profissões como engenheiros e profissionais da área da saúde, uma pessoa pode perfeitamente aprender a profissão apenas com o exercício contínuo da mesma. Ela defende que essas pessoas não podem ser privadas de exercer a profissão devido a restrições sociais em que grande parte da população está sujeita. Um pequeno trecho do texto da juíza deixa claro a idéia da mesma: “Ademais, a estipulação de tal requisito, de cunho elitista, considerada a realidade social do país, vem a perpetrar ofensa aos princípios constitucionais mencionados, na medida em que se impede o acesso de profissionais talentosos à profissão, mas que, por um revés da vida, que todos nós bem conhecemos, não pôde ter acesso a um curso de nível superior, restringido-lhes a liberdade de manifestação do pensamento e da expressão intelectual.”
Na contramão dos simpatizantes da não obrigatoriedade do diploma, a população brasileira se posiciona a favor dos profissionais da categoria. Uma pesquisa divulgada no último dia 22, em Brasília, realizada pela FENAJ/Sensus, registrou que mais de 70% dos dois mil entrevistados em 24 estados, querem jornalistas com diploma. O Sindicato de Jornalistas e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) comemoraram o resultado. Segundo representantes das entidades esse resultado será muito importante na decisão dos ministros que votarão no Superior Tribunal Federal (STF) e torcem para que eles percebam o desejo da sociedade.
O jornalista e professor universitário Marcelo Freitas em entrevista concedida para noso site se mostra confiante na continuidade da exigência do diploma e afirma que os profissionais qualificados e que freqüentaram um curso de graduação não têm com o que se preocupar. Ele acredita que entre escolher uma pessoa sem qualificação e outra com o curso superior, as empresas jornalísticas certamente optarão pelo profissional qualificado, principalmente por zelar pela imagem da empresa produzindo materiais com qualidade.
Muitas faculdades que disponibilizam o curso de Jornalismo e as entidades ligadas à profissão promovem debates para discutir o assunto. A discussão se baseia em combater os argumentos usados pelos que são contra a exigência do Diploma.
No texto da juíza as idéias são fundamentadas de acordo com a Constituição de 1988 que instituiu a liberdade de manifestação de pensamento, a liberdade de expressão intelectual, artística e científica, independente de censura prévia. Segundo ela, quando a exigência do diploma de curso superior para o jornalista foi decretada, o Brasil estava em plena Ditadura Militar em que os meios de comunicação eram completamente controlados pela censura. Ainda de acordo com a juíza, como a profissão de jornalista não provoca nenhum risco de vida de pessoas e que a profissão não requer qualificações especificas como ocorre em profissões como engenheiros e profissionais da área da saúde, uma pessoa pode perfeitamente aprender a profissão apenas com o exercício contínuo da mesma. Ela defende que essas pessoas não podem ser privadas de exercer a profissão devido a restrições sociais em que grande parte da população está sujeita. Um pequeno trecho do texto da juíza deixa claro a idéia da mesma: “Ademais, a estipulação de tal requisito, de cunho elitista, considerada a realidade social do país, vem a perpetrar ofensa aos princípios constitucionais mencionados, na medida em que se impede o acesso de profissionais talentosos à profissão, mas que, por um revés da vida, que todos nós bem conhecemos, não pôde ter acesso a um curso de nível superior, restringido-lhes a liberdade de manifestação do pensamento e da expressão intelectual.”
Na contramão dos simpatizantes da não obrigatoriedade do diploma, a população brasileira se posiciona a favor dos profissionais da categoria. Uma pesquisa divulgada no último dia 22, em Brasília, realizada pela FENAJ/Sensus, registrou que mais de 70% dos dois mil entrevistados em 24 estados, querem jornalistas com diploma. O Sindicato de Jornalistas e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) comemoraram o resultado. Segundo representantes das entidades esse resultado será muito importante na decisão dos ministros que votarão no Superior Tribunal Federal (STF) e torcem para que eles percebam o desejo da sociedade.
O jornalista e professor universitário Marcelo Freitas em entrevista concedida para noso site se mostra confiante na continuidade da exigência do diploma e afirma que os profissionais qualificados e que freqüentaram um curso de graduação não têm com o que se preocupar. Ele acredita que entre escolher uma pessoa sem qualificação e outra com o curso superior, as empresas jornalísticas certamente optarão pelo profissional qualificado, principalmente por zelar pela imagem da empresa produzindo materiais com qualidade.
Enfim, até que aconteça a votação, o tema continuará em pauta nas Universidades, nos sites e às entidades relacionadas à categoria. Os dois lados possuem fortes argumentos e certamente há muito o que se discutir e refletir a respeito do assunto.
Leia também:
Ministro da Educação discute diretizes do curso de jornalismo
A experiência não é garantia de mercado...
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