quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Quem leva?

O segundo turno das eleições municipais de Belo Horizonte está chegando na reta final com os dois candidatos trocando farpas. Durante o debate promovido pela Folha de São Paulo, no auditório Dom Silvério, o candidato Leonardo Quintão (PMDB) fez duras críticas ao seu adversário Márcio Lacerda (PSB). Quintão não perdeu a oportunidade de mais uma vez tentar desmoralizar o candidato da coligação, que por sua vez também direcionou críticas ao adversário. Márcio falou sobre o que ele chamou de nepotismo cometido por Quintão em seu mandato como vereador, quando ele empregou dois irmãos na Câmara. Quintão se defendeu dizendo que na época não existia nepotismo e rebateu as críticas dizendo que o atual prefeito Fernando Pimentel (PT) tinha sua esposa como diretora do Museu Abílio Barreto e só saiu quando foi exonerada.

Após um primeiro turno em que o candidato da Coligação aparecia bem a frente dos demais e o cenário apresentado pelas pesquisas apontava uma vitória sem a necessidade de segundo turno, Lacerda agora vive uma situação diferente. Na última pesquisa divulgada ele aparece 33% das intenções de voto, 18 pontos atrás de Leonardo Quintão que possui 51% da intenção do eleitorado da capital. Tal situação fez com que Lacerda alterasse toda sua equipe que coordena sua campanha para o segundo turno e adotasse um tom mais agressivo na tentativa de abalar o adversário e diminuir a diferença nas pesquisas.

A corrida no segundo turno dos candidatos também deu trabalho ao TRE. A exemplo do primeiro turno em que tivemos varias ações na justiça, Quintão tentou através de uma intervenção da justiça impedir que Lacerda utilizasse cenas de uma conveção do partido em Ipatinga, em que ele dizia que iria “chutar a bunda dos adversários”. Porém, poucas horas depois da Comissão de Fiscalização da Propaganda Eleitoral (CFPE) proibir a veiculação das imagens, a juíza Mariza Porto, do TRE concedeu efeito suspensivo e permitiu que Lacerda utilzasse as cenas. Por outro lado, Leonardo Quintão também adotou nova estratégia. A coordenação da campanha do candidado do PMDB preferiu mudar o slogan até então utilizado para um outro que, indiretamente e de forma sutil, retrucasse as investidas do adversário. Até então o slogan utilizado por ele era: “Dá para fazer.” Agora o slogan adotado por Quintão é: “Atacar, copiar, confundir, bater, ameaçar, enganar e mentir. Não dá para fazer.”

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